Posts

O CASAMENTO DE JULIA

O CASAMENTO DE JULIA

Casamento-julia

Ilustração Márcia Széliga

 

Duas senhoras polacas se encontraram. Em dado momento concluíram que uma tinha um filho em idade de casar e a outra uma filha também em idade de casar. Assim foram as duas até o padre e marcaram o casamento dos dois. Uma vez marcado o casamento corriam os proclamas que eram lidos pelo padre na missa de domingo. Era costume que na missa do primeiro proclama a moça que iria se casar fosse à missa com a sua melhor roupa, algumas até faziam novas vestes para essa ocasião. Julia foi à missa de domingo com suas vestes simples de dia de semana, quando o padre anunciou:

– Casamento de Julia Sługa com Francisco Skora.

E nesse momento de surpresa e espanto, sentindo como se um raio de morte a tivesse atingido, não sabendo para onde fugir ou o quê fazer minha bisavó Julia soube que iria se casar.

Como acomodou seu coração a essa nova realidade? Eu desconheço. O fato é que ela assim … casou. 

 

 

 

 

 

DE ONDE VIERAM OS COLONOS POLACOS QUE SE INSTALARAM NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA?

DE ONDE VIERAM OS COLONOS POLACOS QUE SE INSTALARAM NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA, CURITIBA, PARANÁ, BRASIL?

 

Tendo como base o trabalho realizado por Helena Kokot Józef Moczko – http://staresiolkowice.pl/emigracja-do-brazylii-z-siolkowic-popielowa/ – e confrontando as lista apresentadas por eles com o levantamento estatístico da colônia Santa Cândida de 1.887, o livro de conta corrente nº 837 do governo paranaense e a lista de alunos de 1877 da primeira escola da colônia podemos encontrar o local de origem de vária famílias que se instalaram na colônia Santa Cândida.

 

Lista osób (rodzin) z Siołkowic i okolicy, które w czerwcu i lipcu 1875 r. złożyły wniosek o zwolnienie z pruskiego obywatelstwa, zamierzających wyemigrować do Brazylii.

Lista de pessoas (famílias) de Siołkowice e arredores, que em junho e julho de 1875. apresentaram um pedido de isenção da cidadania prussiana, desejando emigrar para o Brasil.

 

Ze starych Siołkowic:

Data urodzenia

Destino

Komornik Albert Soppa

żona Maria z/d Psykalla

dzieci:  Andreas

            Brigitta

            Hedwig

            Marie

14.04.1928 r.

24.03.1842 r.

15.04.1863 r.

25.02.1865 r.

05.10.1870 r.

05.10.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 32

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Aleksander Kulig

żona Julianna z/d Kampa

dzieci:  Margaretha

            Laurentius

            Josef

28.02.1844 r.

28.02.1831 r.

16.06.1858 r.

08.08.1869 r.

27.08.1871 r.

Colônia Santa Cândida Lote 66

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Gregor Skora

żona Paulina z/d Skroch

dzieci:  Valentin

11.03.1840 r.

27.04.1853 r.

09.02.1875 r.

Colônia Santa Cândida Lote 5

Curitiba- Paraná – Brasil

½ rolnik Franz Kulig

żona Maria z/d Malek

dzieci:  Ignatz

            Carl

            Franz

            Joseph

            Rosalie

30.03.1840 r.

25.03.1841 r.

29.07.1864 r.

04.11.1868 r.

03.12.1870 r.

25.11.1872 r.

15.01.1875 r.

Colônia Santa Cândida Lote 4

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Gregor Wosch

żona Margarethe z/d Milek

dzieci:  Theodor

            Peter

            Franz

15.10.1844 r.

12.07.1844 r.

08.09.1868 r.

15.10.1872 r.

10.10.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 16

Curitiba- Paraná – Brasil Lista de alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877.

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Jakob Kubis

żona Ursula z/d Kubis

dzieci:  Andreas

24.07.1848 r.

10.12.1844 r.

26.11.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 33

Curitiba- Paraná – Brasil

Kowal Matthias Gbur

żona Anna z/d Prodlo

dzieci:  Elisabeth

            Peter

            Julianna

            Franz

            Michael

            Marie

24.02.1825 r.

30.10.1835 r.

25.06.1861 r.

10.06.1864 r.

11.06.1866 r.

02.12.1868 r.

08.10.1870 r.

25.03.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 7 Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Kaspar Skroch

żona Josepha z/d Cebulla

dzieci:  Peter

01.01.1851 r.

17.03.1853 r.

25.04.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 1

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Johann Skroch

żona Maria z/d Rudek

dzieci:  Rochus

            Johann

30.08.1843 r.

23.06.1845 r.

13.08.1871 r.

26.08.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 20Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Thomas Borcik

żona Franciska z/d Przybylla

dzieci:  Julianna

05.03.1840 r.

01.03.1845 r.

27.05.1869 r.

Colônia Santa Cândida Lote 8 Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Franz Psykalla

żona Margaretha z/d Purkot

dzieci:  Maria

            Rosalia

            Julianna

24.01.1834 r.

12.07.1837 r.

11.04.1864 r.

15.03.1868 r.

24.04.1871 r.

Colônia Santa Cândida Lote 3

Curitiba- Paraná – Brasil Lista de alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877.

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Thomas Wójcik

żona Clara z/d Wilczek

12.12.1856 r.

12.08.1852 r.

Colônia Santa Cândida Lote 36

Curitiba- Paraná – Brasil

Robotnik Urban Kachel

żona Rosalia Kociok

dzieci:  Peter

            Gregor

            Vinzenz

            Johann

            Marie

25.05.1832 r.

04.09.1842 r.

10.06.1864 r.

14.11.1866 r.

05.04.1869 r.

21.06.1871 r.

28.11.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 6

Curitiba- Paraná – Brasil

*Komornik Leopold Cebulla

żona Anna z/d Tomerla 23

13.11.1850 z Popielowa

Colônia Santa Cândida Lote 19

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Miachael Waletzko

żona Hedwig z/d Skroch

dzieci:  Rochus

            Agnes

            Peter

30.09.1828 r.

14.10.1834 r.

12.08.1860 r.

19.01.1864 r.

4.09.1868 r.

Colônia Santa Cândida Lote 35

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Simon Prodlo

żona Hedwige Kampa

dzieci:  Andreas

12.12.1837 r.

18.11.1867 r.

Colônia Santa Cândida Lote 10

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Thomas Maciossek

żona Julianna z/d Waldyra

dzieci:  Joseph

            Carl

            Eelisabeth

            Anna

06.12.1832 r.

12.03.1836 r.

17.03.1861 r.

03.11.1864 r.

16.11.1872 r.

27.07.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 9

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Vitus Mainka

żona Marie z/d Soppa

dzieci:  Franz

15.06.1844 r.

26.03.1848 r.

Colônia Santa Cândida Lote 34

Curitiba- Paraná – Brasil

Krawiec Lorenz Mainka

żona Johanna z/d Barcik

dzieci:  Franz

            Paul

08.08.1849 r.

16.05.1849 r.

19.09.1872 r.

22.01.1875 r.

Colônia Santa Cândida Lote 11

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Blasius Stellmach *

żona Rosina z/d Krause

dzieci:  Pauline

            Rosalie

            Kasimir

            Margarethe

/adnotacja: „mimo wyraźnego ostrzeżenia”/

03.02.1825 r.

11.02.1832 r.

28.05.1860 r.

28.10.1865 r.

04.03.1869 r.

28.05.1974 r.

Colônia Santa Cândida Lote 37

Curitiba- Paraná – Brasil

Parobek Blasius Kolodziej

żona Julia z/d Dubiel

03.02.1845 r.

15.03.1852 r.

Colônia Santa Cândida Lote 13

Curitiba- Paraná – Brasil

Córka wycuźnika Franziska Skroch

10.10.1856 r.

Colônia Santa Cândida Lote 17 … * casou com Estevão Kachel

Curitiba- Paraná – Brasil

Lista osób, które nielegalnie zamierzały wyemigrować, sporządzona 13 – 19 kwietnia 1876 r. dla Naczelnika Gminy Siołkowice.

Lista de pessoas que emigraram ilegalmente, ou seja, não tirar passaporte e nem pediram permissão para as autoridades locais da época.

Z Siołkowic:

2. Komornik Thomas Maciossek – Colônia Santa Cândida – lote 9  Curitiba- Paraná – Brasil

3. Chałupnik Anton Wosch – Colônia Santa Cândida Lote 47 Curitiba- Paraná – Brasil

Livro de conta corrente 837; Lista dos alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877 – Pedro Wosch é o aluno matriculado na escola.

10. Komornik Albert Kania – Colônia Santa Cândida Lote 62 Curitiba- Paraná – Brasil. Aparentemente Albert Kania foi marido de Rozalia Kania, que aparece como viúva no levantamento estatístico de 1887.

 

Z Kolonii Siołkowice:

  1. 1. Chałupnik Bruno Macziossek – Colônia Santa Cândida – Lote 61 Curitiba- Paraná – Brasil

4. Kolonista Casper Spisla – Colônia Santa Cândida – Lote 44 Curitiba- Paraná – Brasil

Lista pasażerów statku parowego „Salier”, który płynął do Brazylijskiego portu Santa Catharina pod kapitanem Hesse, którą podał 1.04.1876 r. „Le Commihsaire Maritime – Com. Lauweny”.

Lista de passageiros do navio a vapor  “Salier”, que navegava para o Brasil, sob o comando do capitão Hesse.

Nr na liście

Nazwisko

Wiek

Skąd

Destino

8

Anton Wosch

36

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 47

Curitiba- Paraná – Brasil

Livro de conta corrente 837

Lista dos alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877.

Pedro Wosch é o aluno matriculado na escola

9

Beata

40

jw.

10

Margaretha

20

jw.

11

Rosalia

18

jw.

12

Bartek

16

jw.

13

Tomec

13

jw.

14

Franziska

12

jw.

15

Peter

8

jw.

16

Michael

5

jw.

17

Anna

3

jw.

18

Marie

½

jw.

34

Matthias Kupka

42

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 60

Curitiba- Paraná – Brasil

35

Martha

39

jw.

36

Maria

½

jw.

48

Robert Kubis

26

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 53

Curitiba- Paraná – Brasil

49

Margaretha

26

jw.

50

Thomas

½

jw.

60

August Kampa

39

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 42

Curitiba- Paraná – Brasil

61

Ursula

43

jw.

62

Julianne

17

jw.

63

Marie

14

jw.

64

Franciska

8

jw.

65

Bartek

25

jw.

77

Bruno Maciossek

37

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 61

Curitiba- Paraná – Brasil

78

Julianne

34

jw.

79

Tomas

10

jw.

80

Michael

10

jw.

81

Gregor

8

jw.

82

Maria

6

jw.

83

Lucas

4

jw.

84

Hedwig

1

jw.

85

Peter Kubis

26

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 55

Curitiba- Paraná – Brasil

86

Theresia

26

jw.

87

Johann Klenk

24

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 38

Curitiba- Paraná – Brasil

88

Eva

24

jw.

89

Marie

2

jw.

90

Josef

¼

jw.

112

Josef Scholz

63

Narok

Colônia Santa Cândida Lote 51

Curitiba- Paraná – Brasil

113

Catharina

61

jw.

126

Thomas Maciossek

32

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 9

Curitiba- Paraná – Brasil

127

Maria

24

jw.

128

Johann

1

jw.

194

Thomas Skroch

55

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 52

Curitiba- Paraná – Brasil

195

Theresia

54

jw.

196

Maria

23

jw.

197

Josef

12

jw.

198

Elisabeth

12

jw.

237

Lorenz Makiolka

36

Narok

Colônia Santa Cândida Lote 46

Curitiba- Paraná – Brasil

238

Rosalie

36

jw.

239

Rosalie

4

jw.

240

Lorenz

2 ½

jw.

269

Veronika Schweda

49

Popielów

Colônia Santa Cândida Lote 45

Curitiba- Paraná – Brasil

270

Urban

19

Popielów

Colônia Santa Cândida Lote 31

Curitiba- Paraná – Brasil

272

Simon Baldy

26

Popielów

Colônia Santa Cândida Lote 43

Curitiba- Paraná – Brasil

273

Agnes

32

jw.

274

Andreas

5

jw.

275

Marie

2

jw.

276

Michael

¾

jw.

291

Caspar Spisla

29

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 44

Curitiba- Paraná – Brasil

292

Margaretha

31

jw.

293

Franz

6

jw.

294

Pauline

4

jw.

295

Hedwig

2

jw.

296

Michael

½

jw.

438

Rosina Kania

36

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 62

Curitiba- Paraná – Brasil

439

Maria

13

jw.

440

Peter

11

jw.

441

Martha

3

jw.

442

Johann

½

jw.

443

Rosalie

60

jw.

 

Com essa comparação podemos comprovar que 37 lotes da Colônia Santa Cândida foram ocupados por famílias saídas de Siołkowice (33) – Popielów (2)  – Narok (1)Popielowa (1) –  Silésia – Polônia.

RESUMO DAS FAMÍLIAS QUE SE INSTALARAM NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA CUJA ORIGEM É Siołkowice, Narok, Popielów e Popielowa.

 

 

LOTE nº

Nome

Origem

DZIAŁKA nº

Imię

Skąd

1

Komornik Kaspar Skroch

Siołkowice

3

Chałupnik Franz Psykalla

4

½ rolnik Franz Kulig

5

Komornik Gregor Skora

6

Robotnik Urban Kachel

7

Kowal Matthias Gbur

8

Komornik Thomas Borcik

9

Komornik Thomas Maciossek

10

Komornik Simon Prodlo

11

Krawiec Lorenz Mainka

13

Parobek Blasius Kolodziej

16

Chałupnik Gregor Wosch

17

Córka wycuźnika Franziska Skroch

/ Estevão Kachel

20

Chałupnik Johann Skroch

32

Komornik Albert Soppa

33

Chałupnik Jakob Kubis

34

Komornik Vitus Mainka

35

Chałupnik Miachael Waletzko

36

Komornik Thomas Wójcik

37

Komornik Blasius Stellmach

38

Johann Klenk e família

42

August Kampa e família

43

Simon Baldy e família

44

Kolonista Casper Spisla

47

Chałupnik Anton Wosch

51

Josef Scholz e Catharina Scholz

52

Thomas Skroch e família

53

Robert Kubis e família

55

Peter Kubis e família

60

Matthias Kupka e família

61

Chałupnik Bruno Macziossek

62

Rosina Kania e família

66

Komornik Aleksander Kulig

46

Lorenz Makiolka e família

Narok

31

Urban Schweda

Popielów

45

Veronika Schweda

Popielów

19

*Komornik Leopold Cebulla

Popielowa

Siołkowice é uma aldeia no município de Popielów localizado a 20 km a noroeste de Opole. Uma das primeiras notícias desta vila encontra-se em um documento de 1223, na qual, ela está listada entre as aldeias pertencentes a um mosteiro… leia mais em http://staresiolkowice.pl/historia/.

 

FONTE:

Emigracja do Brazylii z Siołkowic, Popielowa i okolicy cz.1 http://staresiolkowice.pl/emigracja-do-brazylii-z-siolkowic-popielowa/

Estatística das Colônias da Província do Paraná, organizada em dezembro de 1887. DEAP-PR, Códice 832, p. 89 – 110.

Livro de conta corrente nº 837, DEAP-PR.

Livro de Ofícios do Arquivo Público, AP 528, v.18, p.51 – Alunos da Colônia em 31/10/1877.

http://staresiolkowice.pl/lokalizacja/

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – Texto Original em Polônes

DOM PEDRO II na Kandydzie i w Abranches

 

Stary Woś, zmarły przed laty, był najstarszym kolonistą na Kandydzie. Ile razy wspominał o przeszłości kolonii, tyle razy mawiał: Nigdy piękniejszego dnia nie zobaczę w mym źyciu ani w źyciu naszej kolonii, jak dzień 23 maja 1880 roku. W tym dni odwiedził nas ojciec narodu i narodow, cesarz Brazylii, D. Pedro II wraz z dostojną malżonką.

kalendarz-capa-primeira-pagina

Wielu ciekawych, którzy słyszeli gdy to mówił, zagadywali go zaraz i prosili by opowiedzial, jak odbyły cesarza na kolonii Kandydzie.

 

Stary, po krótkim namyśle, gdy westchnał, tak opowiadał:

 

Szczęśliwe oczy, które patrzały na to com widział. Dnia 21 maja, mniej więcej w pół do trzeciej, ujrzałem w niezliczonym tłumie na Alto da Glória wjeżdżaiącego w pięknej karecie cesarza z cesarzową. Okrzykom radości i  entuzjazmowi tłumu nie było miary. Wszystko co zyło, witało cesarza.

 

Wolni i niewolnicy, rodowici Brazylianie i nie dawno co przybyli obcokrajowcy, wydawali okrzyki powitania i cisnęli się do powozu najdostojniejszych gósci, by zobaczyć ukochane twarze monarchy i monarchini, sławnych dobroci serc.

 

Władze, korporacje,towarzystwa zblizały sie do cesarza z cesarzową, którzy wysiadłszy z karety na praca 19 de Dezembro, szli pieszo do środka miasta. Wszyscy składali im hołdy poddaństwa i największego szacunku.

 

Ale najpiękniej wyglądala grupa 21  biało ubranych dziewcząt więcej niź połowa polskich, z których każda miała w ręku chorągiewkę z nazwą kolonii, wypisaną wielkimi literami. Wymachiwały radośnie chorągiewkami i witały parę cesarską. Były to kolonie: Tomás Coelho, Lamenha, Riviere, Santo Inácio, Nowa Tyrol, Murici, Santa Cândida, Abranches, Orleans, Alfredo Chaves, Antonio Rebouças, Dona Augusta, Inspetor Carvalho, Venâncio, Zacarias, Argelina, Dom Pedro, Dantas, São João Batista,Dr. Araujo i Santa Felicidade.

 

D. Pedro II znany był ze swej nadzwyczajnej prostoty w obejściu, co zjednywało mu wielkie przywiazanie u poddadanych.

 

Na trzeci dzień, dnia 23 maja przed południem przybył cesarz z cesarzową powozem w otoczeniu dostojników do Kandydy. Na Barro Alto wystawili mu koloniści piękną bramę powitalną z napisami głoszącymi radość lojalność do kraju i monarchy.

Napisy były bardzo piękne. Wykonał je Anglik Frederico Fowler, który miał wielki sklep na Bacacheri w spółce z Anglikiem Felipe Tade.

 

Przed bramą powitała cesarza pięknie uformowana piesza bandeira polska, złożona z samych kolonistów, którym przewodził Andrzej Walecki.

 

Walecki, chłop przystojny,weteran z trzech wojen pruskich, ubrany w zieloną kurtkę, w zielonym kapeluszu, bo w kraju był dozorcą pruskich wyszedł z szeregu i przyklęknąwszy na jedną nogę, chciał przemówić do cesarza.

 

Ale cesarz, który wysiadł był już z powozu, dał mu znak, by nie klękał i przystąpiwszy doń powieedział: Nie klękaj przede mną, gdyż jestem takim samym człowiekiem jak ty.

 

Wiem, że w Europie klękają przed królami i cesarzami, ale to bałwochwalstwo. przed nikim nie powinno się klękać, jeno przed Bogiem.

 

Dawszy mu taką naukę, spojrzał na jego błyszczące medale i krzyże i rzekł: Widzę, że dzielny rycerz z ciebie.

 

Na to Walecki ośmielony mową cesarza, wygłosił niedługą orację w języku niemiecki, gdyż cesarz rozumiał po niemiecku a Waleki portugalsku mówił słabo.

 

Po przywitaniu i oddaniu przez kolonistów hucznej salwy z dubeltówek i jednorurek, które nieśli na ramionach,cesarz wsiadł do powozu i cały orszak ruszył w pochód ku  Kandydzie.

 

Koloniści pod komendą Waleckiego szli w piękni e sformowanych szeregach po obu stronach powozu. Cesarz, władze i cała komitywa jechały wraz z maszerującymi.

 

Pięknie szli koloniści, drobnym paradnym krokiem, jakim maszerują żołniere w Europie w czasie wielkich uroczystości. Wyuczył ich dobrze Walecki.

 

Co sto metrów mniej więcej na dany znak przez Waleckiego podnosili głośne Viva o imperador, viva a imperatriz! Viva o Brasil! i dawali salwy najpierw z jednej lufy dubeltówek, zaraz potem z jednorurek a kończyli znów tęgimi strzałami z drugiej lufy dubeltówek.

 

Pięknie był słyszeć i patrzeć, gdy to czynili, czego dowodem, że cesarz zadowolony ich sprawnościa i porządkiem za każda salwą wychylał głowe z powozu i dziękował kolonistom za dowód miłości i uwielbienia.

 

Tak idąc doszli do małej kapliczki przed Kandydą, oddalonej od kościoła jakich 400 metrów. Tu czekała na monarchę piękna procesja z chorągwiami urządzona przez proboszcza parafii. Z procesją było mnóstwo ludu, prawie wszystko co żyło na kolonii.

 

Cesarz z cesarzową wysiedli znów z powozu i odebrawszy hołdy od duchownej władzy kolonii, ruszyli pieszo aż do samego kościoła. A Walecki, nabijając ciągle broń palną, nie przestawał wiwatować ze swoimi aż pod same mury kościoła.

 

Takiej parady nigdy jeszcze w Kurytybie nie było.

 

Po wysłuchaniu nabożeństwa w kościele zaprosili koloniści cesarza na chleb i sól do najzamożniejszego z nich, do Franciszka Wosia.

 

Woś przyjal cesarza i cesarzową, czym chata bogata. Postawił na stół bochen dobrze upieczonego żytniego hleba, solniczkę ze solą a przy nich tłuszcz ziemi, ękatą faseczkę świeżego masła i gomułkę odstałego tłustego sera.

 

Cesarz spojrzał po stole i uśmiechając się zasiadł, by spróbować darów ziemi na nowej polskiej kolonii.

Posmarował kromkę chleba masłem, nałożył serem i przekąsiwszy kilka razy, zwrócił się do obecnych,którzy patrzali nań jak w słońce i rzekł:

 

Anim się spodziewał, żeby były taksmaczne. Takiego chleba i masła nawet w Rio de Janeiro nie jadłem. A co za wyborny serek!

 

Ucieszony Woś skłonił się cesarzowi i zapytał czyby nie spróbował piwa jego domowego wyrobu.

 

A przynieś! – powiedział cesarz.

 

Gdy mu nałano szklankę, kosztował i pochwalił, że wcale nie złe. Poczy zajaał dalej żytni chleb z masłem i serem, aż w końcu poprosił o kieliszek “paraty”.

 

Paraty? Co to jest? spojrzeli koloniści po sobie nie wiedząc co by to było.

 

Wybawił ich z zakłopotania pewien dygnitarz z komitywy cesarskiej, który wytłumaczył im, że paraty jest to samo co cacha;a czy wódka z trzciny cukrowej.

 

Podano natychmiast kieliszek wódki, który cesarz wychylił po spożyciu chleba z masłem i z serem.

 

Dobrześie się już zagospodarzyli, moi koloniści, rzekł cesarz do kolonistów, odwracając się od stołu. Niejeden miejski człowiek, gdyby skosztował waszego chleba i masła, zazdrościłby wam bytu.

 

A potem zwróciwszy się do Wosia, gospodarza domu, poprosił go by mu pokazał plony zebrane zeziemi przezeń uprawianej.

 

Uradowany Woś poprowadził natychmiast cesarza do stodoły. Była to przestronna szopa pełna snopów żyta,gdzie też były kukurydza, fiżon i inne produkty rolne.

 

Cesarz stanał przy snopkach, wyjał jeden kłos e snopa i potarłszy go w gafści, wyłuskał pękne, ciemne ziarna żyta,

 

A jak wy to wydobywacie z kłosów. Macie do tego niaszyny? zapytał cesarz.

Bardzo łatwo, Wasza Cesarska Mość, odpowiedział Woś. Skinął na kolonistów i ci oczyścili w mig miejsce w szopie. Rzucili cztery snopy na podłogę, porwali za cepy i wywijając i bijąc cepami, w kilka minut wyłuszyli sporą miarkę zarna z kłosów.

 

Gdy skończyli podał Woś cesarzowi garść wymłóconego żyta.

 

Pięknie! – zawołal cesarz. Ale jak je oczyszczacie z plewy?

 

Na to wział Woś przetak, nabrał sporo żyta i stanąwszy w miejscu, gdzie był przewiew powietrza, podniósł przetak wysoko w górę i potrząsając nim pod wiatr opuszczał ziarna w dół.

Ziarna spadały w dół a pewy odlatywały na boki unoszone powiewem powietrza. Tak sprawnie to czynił, że po dwukrotnym przewianiu podał cesarzowi w przetaku ziarna oczyszczone z plewy.

Doskonale! – pochwalił cesarz. Widzę, że jesteście przemyślni i potraficie radzić sobie we wszystkim.

 

Potem cesary oglądał jesycye to i owo, wzpztzwał o różne ryecyz, ale że dostojnicz, któryz go otacyali, naglili do powrotu, grożąc, że yybliża się desycy i burya, pożegnał kolonistów i odjechał do Kurztyby.

kalendarz02

Odtąd koloniści na Kandzdyie stali się najlepsyzmi młockaryami w Paranie. Co ciekawsye, że nailepiej młócą kobietz i dyiewcyęta. Gdz na kolonii zbiorą żyto, chodzą po zamożniejsyzch gospodaryach we czwórkę i kontraktują młóckę i odwiewanie, które wzkonują z wielką zręcynością, syzbko i dokładnie.

 

Cesary odwiedyił też kolonię Abranches. Jechał z cesaryową powoyem pryz asyście licynzch dzgnitaryz aż do São Lourenço.

 

W São Lourenço cyekała nań procesja kościelna z księdyem proboszczem na czele i delegacja najwybitniejszych obywateli y okolicy, jako też hufiec biało ubranzch dyiewcząt z kwiatami w kosyykach.

 

Cesarz wysiadł y powoyu i po pryzwitaniu i odebraniu hołdu, syedł piesyo wray y cesaryową, aż do kościoła w Abranches. Pryey całą drogę dziewczęta sypały mu kwiaty pod nogi a dobry monarcha tak samo przez całą drogę, z koszów które niesiono obok niego, rzucał garściami miedż i srebro między tłumz.

 

W kosciele wysłuchał Mszy św poczym bzł na cbiedzie u proboszcza. Po obiedyie rozniawiał z kolonistami i wypytawszy ich o wiele ryeczy, pozegnał wszystkich i odjechał do Kurytyby.

 

Takie to były czasy i takim był sławny monarcha nasy Dom Pedro II. Tak kończył opowiadanie stary Włtos i dodawał, że dyiś wszystko sie yepsuło, dobre cyasy na świat nie wrócą.

PINIOR

FONTE:

PINIOR. Dom Pedro II, na Kandydzie  i w Abranches. Kalendarz Ludu. Curitiba, 1964, p. 84 a 88.

 

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

 

Em 1.880, a jovem província do Paraná, recebeu a visita de suas majestades, o imperador Dom Pedro II e a imperatriz Dona Theresa Christina. O motivo oficial da visita era o início dos trabalhos da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, presente do império à nascente província. Por outro lado, grande era o interesse pessoal do imperador para constatar “in loco” a situação em que se encontravam os “morigerados colonos polacos”, cuja fixação no Paraná ele próprio autorizara, em audiência mantida há apenas uma década, ao cognominado “pai da emigração polonesa ao Paraná” o agrimensor Sebastião Edmundo Woś Saporski.

d.Pedro-II-visita-Sta

Ilustração de Rogério Borges

 

Rafael Karman, sob o pseudônimo de PINIOR, publicou no “Kalendarz Ludu” de 1964, artigo sob o título de “Dom Pedro II em Cândida e Abranches”. Esse artigo foi escrito baseado no depoimento oral do velho colono Francisco Woś, participante dos acontecimentos.

Assim Pinior redigiu a história da visita do imperador a colônia Santa Cândida:

“Felizes os olhos que viram aquilo que eu vi. No dia 21 de maio, mais ou menos pelas duas e meia da tarde, divisei do meio de uma incalculável multidão no Alto da Glória, a chegada do imperador e da imperatriz, numa bela carruagem. Os gritos de entusiasmo da multidão não tinham limite. Tudo que era vivo saudava o imperador. Livres e escravos, brasileiros natos e imigrantes há pouco chegados, proporcionavam entusiásticos vivas de acolhimento ao mesmo tempo em que se acotovelavam para poder ver o rosto do monarca e da imperatriz, afamados por sua bondade de coração.

Dirigentes das instituições e das sociedades aproximavam do imperador e da imperatriz. Estes desceram de sua carruagem na Praça 19 de dezembro e foram a pé até o centro da cidade. Todos prestavam-lhes honras merecidas. Porém o grupo mais belo eram as 21 moças vestidas de branco, mais da metade polonesas, que seguravam em suas mãos cartazes com o nome de sua respectiva colônia, escrito em grandes letras. Agitavam entusiasticamente estas bandeirinhas e saudavam o casal imperial. Eram estas as colônias: Tomás Coelho. Lamenha, Riviere, Santo Inácio, Nova Tirol, Murici. Santa Cândida, Abranches, Orleans, Alfredo Chaves, Antônio Rebouças, Dom Augusto, Inspetor Carvalho, Venâncio, Zacarias, Argelina, Dom Pedro, Dantes, São João Batista, Dr. Araújo e Santa Felicidade.

No terceiro dia, i. é., a 23 de maio de 1880, o imperador foi satisfazer sua curiosidade e constatar como viviam os colonos polacos radicados no rocio de Curitiba. Para tanto foi visitar a colônia Santa Cândida. No Bairro Alto, os colonos ergueram-lhes um belo arco, com dizeres alusivos ao país e ao monarca, de acordo com velhos e tradicionais costumes polacos. Os dizeres foram confeccionados pelo inglês Frederico Fowler, o qual possuía uma grande casa comercial no Bacacheri, em sociedade com outro inglês, Felipe Tade.

 

Defronte ao arco, o imperador foi saudado por uma formação bem organizada de camponeses, portando a bandeira polonesa. A recepção foi organizada por André Walecki, um digno camponês, veterano de três guerras prussianas. Estava o mesmo vestido com seu vistoso uniforme e um quepe verde, porque no país era inspetor nas florestas prussianas. Apresentava grande número de medalhas e condecorações no peito. Destacou-se dos demais e ajoelhando-se em uma das pernas, quis dialogar com o imperador. Porém este, que já havia descido do veículo, fez sinal para que não ficasse ajoelhado e aproximando-se, disse:

– Não se ajoelhe diante de mim, pois sou uma pessoa como você. Sei que na Europa é costume ajoelharem diante dos reis e imperadores, mas isto é idolatria. Não se deve ajoelhar perante ninguém, a não ser perante Deus.

Depois desta verdadeira aula, olhou para as suas reluzentes condecorações e disse:

– Vejo que é um brilhante cavaleiro.

Diante disso, Walecki, animado com as palavras do imperador, proferiu breves palavras de saudação em língua alemã, pois o imperador entendia a mesma e Walecki ainda não dominava suficientemente o português.

Em seguida os colonos proferiram vivas, detonando tiros de espingardas, as quais eram portadas nos ombros. O imperador retomou a carruagem e o cortejo movimentou-se em direção a Santa Cândida. Os colonos, comandados por Walecki escoltavam dos dois lados a carruagem. O imperador, os acompanhantes e toda a comitiva deslocavam-se junto com os colonos. Estes desenvolviam uma marcha rápida, harmônica como dos soldados na Europa, por ocasião dos grandes acontecimentos. Os colonos foram muito bem treinados por Walecki. Cada cem metros mais ou menos, a dado sinal, os colonos levantavam sonantes vivas:

 

– Viva o imperador, viva a Imperatriz! Viva o Brasil!

 

Em seguida davam salvas, inicialmente de um dos canos das armas duplas, em seguida das armas de um cano só e finalizavam com sonantes estampidos do outro cano das armas de cano duplo. Era belo ouvir e ver. Os colonos esmeravam-se e o imperador, satisfeito com a ordem da manifestação, inclinava a cabeça para fora da carruagem, após cada salva, e agradecia aos colonos a demonstração de carinho e veneração.

Desta maneira, chegaram até a pequena capela antes de Santa Cândida, afastada da igreja uns 400 metros. Neste local uma bela procissão aguardava o monarca com bandeirolas preparadas pelo vigário. Na procissão encontrava-se uma multidão de pessoas, praticamente todos os habitantes da colônia.

O imperador e a imperatriz desceram novamente da carruagem e receberam as honras do diretor espiritual da colônia. Em seguida, foram a pé até a igreja. Os vivas com as armas de fogo não cessavam de saudar os visitantes até a entrada da igreja. Tal parada nunca houvera até então, em Curitiba.

Após ouvirem a Santa Missa, os colonos convidaram o casal imperial para o pão e o sal, tradicional costume polonês para recepção de figuras ilustres e sinal de hospitalidade. A casa escolhida foi a do colono Francisco Woś. Este recepcionou o imperador e a imperatriz “tanto quanto a casa é rica”. Serviu à mesa broa de centeio bem preparada e assada, saleira com sal juntamente com banha da terra, manteigueira repleta de manteiga fresca e queijo feito de leite gordo.

O imperador olhou para a mesa e sorrindo assentou-se, a fim de experimentar as dádivas da terra, na nova colônia formada por polacos. Passou a manteiga num pedaço de pão cobriu-a com um pedaço de queijo e mastigando várias vezes, olhava para aqueles colonos que o contemplavam como se fosse o sol. Disse então:

– Não imaginava que fosse tão bom. Tal pão e manteiga nem no Rio de Janeiro comi e que queijo gostoso!

Motivado por tal atitude do imperador o anfitrião Woś curvou-se e perguntou se o imperador gostaria de experimentar da cerveja de sua própria fabricação.

– Traga – respondeu o imperador. Quando lhe encheram o copo, experimentou e elogiou-a, dizendo que não era má. Depois continuou comendo a broa de centeio com manteiga e queijo e finalmente pediu um cálice de parati.

– Parati? O que é isto?

Os colonos olharam-se, não sabendo do que se tratava até que um membro da comitiva imperial esclareceu que paraty era a mesma coisa que aguardente de cana-de-açúcar.  Foi então oferecido ao imperador um cálice de aguardente.

– Vocês já estão muito bem instalados meus caros colonos, disse-Ihes o imperador, afastando-se da mesa. Muitas pessoas da cidade, se experimentassem o vosso pão e manteiga haveriam de invejar-vos.

Em seguida solicitou o imperador ao anfitrião Woś, que lhe mostrasse os produtos plantados e colhidos por ele. Woś conduziu o imperador até o paiol mostrando-lhe feixes de centeio, espigas de milho, feijão e outros produtos agrícolas. O imperador parou diante dos feixes de centeio, tirou com as mãos uma espiga de um feixe e esfregou-a com as palmas das mãos, debulhando belos e escuros grãos de centeio. Perguntou o imperador:

– Como vocês os extraem das espigas? Possuem para isso alguma máquina?

– Muito fácil, majestade, respondeu Woś.

Fez sinal para os colonos e estes limparam num relance um lugar no paiol, jogaram quatro feixes no assoalho, pegando nos manguais e com evoluções e batidas rítmicas em poucos minutos separaram uma boa quantidade de grãos das espigas. Quando terminaram, o anfitrião apresentou um punhado de centeio malhado ao imperador.

– Maravilhoso. disse o imperador, mas como vocês limpam o debulho?

Diante disso, Woś tomou uma peneira. Encheu-a de debulho de centeio, deslocando-se para um lugar onde havia corrente de ar. Levantando a peneira para o alto e para baixo, em movimentos rápidos e alternados, fez com que o vento levasse a sujeira para fora da peneira, enquanto os grãos caiam novamente na mesma. Com tanta eficiência fez isto, que com alguns desses movimentos apresentou ao imperador na peneira os grãos limpos do debulho.

– Perfeito — elogiou o imperador. Vejo que vocês são engenhosos e sabem resolver seus problemas.

Em seguida o imperador ainda se interessou por outras coisas, fazendo uma série de perguntas, quando os seus assessores o chamavam para a volta, argumentando que se aproximava uma tempestade. Despediu-se então o imperador dos colonos e retornou a Curitiba.”

 

Em Santa Cândida os colonos tornaram-se os melhores malhadores do Paraná. É interessantes que os melhores malhadores são as mulheres e moças. Quando na colônia recolhia-se o centeio para os celeiros, estas iam em grupos de quatro procurar os proprietários, geralmente os mais abastados, e contratavam a malhação e a limpeza do centeio.

TRADUTOR: NÃO IDENTIFICADO NOS TEXTOS EXAMINADOS.

 

 

FONTE:

PINIOR. Dom Pedro II, na Kandydzie  i w Abranches. Kalendarz Ludu. Curitiba, 1964, p. 84 a 88.

BOLETIM do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfco Paranaense. Volume XIII. Curitiba, 1971, p. 74 a 81.

BOLETIM do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfco Paranaense. Volume XXVII. Curitiba, 1975.

BOLETIM.  Informativo da Casa Romário Martins. Santa Cândida, pioneira da colonização linista. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, ano 2, n. 16, dez. 1975.

 

 

Imigração e Desenvolvimento da Família Spisla – Por Marcos Spisila

Resumo – Este artigo apresenta uma síntese dos eventos ocorridos na região da Silésia e que
culminaram na emigração, de uma parcela de sua população, para as terras brasileiras; os
sobrenomes existentes na época, seus significados e pronúncias, os quais foram herdados e são
utilizados, até hoje, pelos descendentes brasileiros; a língua falada pelos silesianos e que permanece
viva na memória de alguns moradores. O artigo faz menção da atual localização geográfica da região
de origem de muitas famílias do bairro de Santa Cândida e também cita as dificuldades e esperanças
depositadas na nova terra e finaliza levantando a árvore genealógica da família Spisla, uma dentre
tantas, que vieram atrás de novas oportunidades, em uma terra totalmente desconhecida.

Para download do artigo completo clique no botão Download. 

 

 

 

RENATO – O Grande matador de porco

 

RENATO – O Grande matador de porco

 

Daniel Renato Nadolny, Mario Stanislau Kulik, Dionisio Gabriel Kulik. 1961 – Acervo Família Kulik

Daniel Renato Nadolny, Mario Stanislau Kulik, Dionisio Gabriel Kulik. 1961 – Acervo Família Kulik

Daniel Renato Nadolny é o primeiro neto da minha avo Maria Skora Kulik. Filho de Edwirgens Tereza Kulik Nadolny e Urbano Nadolny foi o irmãozinho muito festejado pelas irmãs Gloria, Diva e Claudia.

Era chegada a ora do abate do porco na chácara da avo Maria e Renato montou grande alarido em torno de seus futuros feitos no abate do porco. Como homem “grande” que já era, a todos fala de como iria matar o porco, destripar o porco, fazer o salame, derreter a banha,…

O dia do abate chegou e Renato se movimentava em volta dos homens da casa que efetivamente iriam matar o porco. Ao primeiro berro do bicho o menino se assusta e correr em busca de abrigo. Passado o susto e estando o bicho devidamente morto ele então volta ao posto e faz posse para a foto.

Uma das carnes consumidas pelos colonos polacos de Santa Cândida era a de porco. Eles mesmos os criavam e no tempo certo abatiam e procediam a fabricação do salame, do chouriço, da banha e do torresmo. Uma comitiva familiar se instalava e todos participavam. A banha do porco era de especial importância. Famosa é a broa com banha do polaco. O polaco zelava muito pela qualidade da banha, alem de não aceitar de bom grado outras banhas.

Naquele tempo onde não haviam geladeiras a carne era distribuída entre os familiares e vizinhos. Ainda lembro-me da minha mãe separando os pedaços de carne que eram embrulhados em papel e eu encarregada de levar a quem ela determinava.

Assim se distribuía o porco, a banha era armazenada em latas e o salame era pendurado para “secar” normalmente em cima do fogão a lenha.