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Francisco Kulig (filho)

Francisco Kulig (filho)

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Francisco Kulig (filho)

 

Francisco Kulig (filho) nasceu no dia 03 de dezembro de 1870, na Polônia, aldeia de Siolkowice, região da Silésia. Chegou ao Brasil com 4 anos e sete meses de idade junto com os país Francisco Kulig  e Maria Malek e  irmãos.  Segundo artigo de  Helena Kokot Józef Moczko a família de Francisco Kulig (filho) ao deixar a Polônia estava assim constituída.

 

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Fonte: http://staresiolkowice.pl/emigracja-do-brazylii-z-siolkowic-popielowa/

No Brasil a família de Francisco Kulig (filho) se estabeleceu em outubro de 1875 no lote 4  na colônia Santa Cândida.

Em 1877 Francisco e o irmão Carlos freqüentaram a escola da colônia. Seus nomes constam de uma lista dos alunos matriculados naquele ano.

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1877 – recorte da lista de alunos matriculados na escola Santa Cândida

Em 1887 segundo levantamento estatístico efetuado pelo governo da província do Paraná, a família plantava Centeio, milho, batatas e feijão. Possuía casa de madeira, paiol, 2 cavalos, 1 carroça e 1 vaca e estava assim constituída:

 

Franz Kulig                       chefe          48            casado        polaca

Maria                                  mulher       45            casada        polaca

Ignacio                              filho            23            solteiro        polaca

Franz                                 filho            17            solteiro        polaca

Urbano                              filho            14            solteiro        polaca

Catharina                          filha            9               solteira     brasileira

Juliana                              filha            7               solteira      brasileira

Agneska                            filha            5               solteira     brasileira

Josepha                            filha            2               solteira     brasileira

 

No dia 14 de novembro de 1893 Francisco Kulig (filho) casou com Hedvige Macioszek

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Com quem teve os seguintes filhos: Augustinho, Jacob, Regina, Paulo, Pedro, Julia, João, Clara, Maria e Mônica.

Augustinho (Augusto) casou com Guilhermina Szprada

Jacob casou com Francisca Skrock,

Paulo casou com Maria Skora,

Pedro casou com Celestina Szprada,

Regina casou Ludovico Kachel,

Julia não casou,

João casou com Margarida Zaia,

Clara com Wasil Luciw,

Maria e Mônica morreram adolescentes.

 

No decorrer da vida Francisco exerceu a profissão de pedreiro, carpinteiro, mestre de obras e escultor de imagens sacras. Também foi agricultor e criador de animais.

Segundo relato de descendentes ele trabalhou na construção da casa que serviu de escola e abrigo para as irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria. Essa casa existe até os dias atuais e é chamada de “Casarrão”.

 

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1922 – “Casarão” recém inaugurado

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1922 – “Casarão” recém inaugurado

1998 – “Casarão” recém restaurado.

1998 – “Casarão” recém restaurado.

Construiu e fundou a Sociedade Lamenha Lins. A sociedade era servida de uma construção composta por um amplo salão de baile, um palco, uma cozinha e bar e espaço com mesas onde os homens jogavam cartas e bebiam cerveja. Festas de casamento, eventos cívicos e culturais se realizavam nesse espaço. O local ficou conhecido como Salão de Baixo. Nesse espaço funcionou também o Circulo Operário.  Francisco deixou em testamento que a propriedade deveria ser doada para a escola quando o circulo operário encerrasse as atividades. O circulo encerrou suas atividades, mas como a escola da colônia havia sido estatizada  alterou-se o estatuto e a propriedade foi doada para a paróquia. Por volta de 1975, a paróquia demoliu a edificação e vendeu o terreno.

Anos 50 – Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo) – Baile da Coroa

Anos 50 – Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo) – Baile da Coroa 

1965 – Demolição da Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo)

1975 – Demolição da Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo) 

Na década de 20 Francisco tentou viajar à Polônia com a esposa. No entanto como a Europa estava sobre clima de guerra e o casal não obteve o “salvo conduto” a viagem à Polônia tornou-se uma viagem pelo Brasil.

Em 1929, Francisco Kulig foi o primeiro mestre de obra a dirigir os trabalhos da construção da nova igreja de Santa Cândida, mas no decurso da obra ficou doente e faleceu no dia 16 de fevereiro de 1930 com 59 anos. Assim a obra ficou inacabada e foi assumida por outros. Esses não deram conta do trabalho quando finalmente Paulo Kulig, filho de Francisco Kulig assumiu e concluiu a construção.

1956 – Igreja matriz de Santa Cândida

1956 – Igreja matriz de Santa Cândida 

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2014 – Igreja matriz de Santa Cândida

 

Francisco foi um esposo dedicado que cuidou com esmero e carinho de sua esposa Hedvige. Próspero e religiosos sempre levava consigo uma bíblia. Esse lado religioso foi seguido pelos netos Fabiano Sebastião Kachel e Domingos Salomão Kachel ambos padres e pelas neta Silvia Kachel freira. Muitos de seus descendentes continuam morando em Santa Cândida e vários atuam na paróquia de mesmo nome.

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Na foto Tereza Kulik Czepanik com as filhas Marcia (em pé) e Claudia (no colo). O menino ao lado é Celso de Oliveira um sobrinho do marido de Tereza.  A casa no fundo é a casa de Francisco Kulig e Hedvige Macioszek (Starka Kuliska). Tereza Kulik Czepanik é neta de Francisco Kulig (filho) e Edvige Macioszek.

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Hedvige Macioszek esposa de Francisco Kulig (filho) 

Clara Kulig filha de Francisco Kulig (filho) e Hedvige Macioszek.

Clara Kulig filha de Francisco Kulig (filho) e Hedvige Macioszek. 

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1924 – Paulo Kulig e Maria Skora

Esse casal, meus avós maternos, tiveram os seguintes filhos:

14/10/1925 Hedviges Theresa Kulig,

02/10/1927 Longina Kulig,

01/10/1929 Dionizio Gabriel Kulig

27/11/1931 Silvestre Kulig

15/11/1933 Mario Stanislau Kulik,

16/07/1937 Natalia Maria Kulik,

29/04/1939 Celestina Karolina Kulik,

06/05/1942 Nivaldina Kulik

29/07/1944 Palmira Martha Kulik

03/10/1947 Leoni Benigna Kulik

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1929 – As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora 

1950 - As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora

1950 – As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora 

2001 - As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora

2001 – As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora

 

AO ENCONTRO DOS MEUS ANCESTRAIS – Parte 1

AO ENCONTRO DOS MEUS ANCESTRAIS

Parte 1

 

De repente tomo consciência que nada ou muito pouco sei daqueles cuja existência tornou possível a minha existência. Muitas de nossas habilidades, maneirismos e aspectos físicos, bem como nossos valores, nos foram transmitidos por nossos ancestrais. Mas quem foram eles? Durante meses me coloquei em busca de seus nomes e história. Após ouvir inúmeros relatos dos mais velhos e folhear documentos governamentais, livros de nascimentos, casamentos e óbitos cheguei a algumas informações.

– Francisco Kulig (filho) era um homem empreendedor, muito correto, e jamais colocou uma gota de álcool na boca. Seguiu pela vida sempre acompanhado de sua bíblia.

– Hedvige Macioszek – starka Kuliska foi costureira e muito curiosa. Sofreu um grave acidente que lhe custou a perda de uma perna.

– Paulo Kulig foi construtor, musico e festeiro.

– Maria Skora foi uma boa samaritana. Mas muito firme e enérgica com os filhos.

– Roque Waleczko foi muito bonzinho e fabricante de barricas.

– Maria Kania- Rochuska era muito generosa com a igreja, mas geniosa e ruim. …

Dos demais apenas seus nomes. De alguns ainda data de nascimento, casamento e/ou óbito. Mas com o quê foi possível conhecer até o momento montei minha árvore genealógica que segue.

Download do PDF em alta resolução:

 

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O CASAMENTO DE JULIA

O CASAMENTO DE JULIA

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Ilustração Márcia Széliga

 

Duas senhoras polacas se encontraram. Em dado momento concluíram que uma tinha um filho em idade de casar e a outra uma filha também em idade de casar. Assim foram as duas até o padre e marcaram o casamento dos dois. Uma vez marcado o casamento corriam os proclamas que eram lidos pelo padre na missa de domingo. Era costume que na missa do primeiro proclama a moça que iria se casar fosse à missa com a sua melhor roupa, algumas até faziam novas vestes para essa ocasião. Julia foi à missa de domingo com suas vestes simples de dia de semana, quando o padre anunciou:

– Casamento de Julia Sługa com Francisco Skora.

E nesse momento de surpresa e espanto, sentindo como se um raio de morte a tivesse atingido, não sabendo para onde fugir ou o quê fazer minha bisavó Julia soube que iria se casar.

Como acomodou seu coração a essa nova realidade? Eu desconheço. O fato é que ela assim … casou. 

 

 

 

 

 

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – Texto Original em Polônes

DOM PEDRO II na Kandydzie i w Abranches

 

Stary Woś, zmarły przed laty, był najstarszym kolonistą na Kandydzie. Ile razy wspominał o przeszłości kolonii, tyle razy mawiał: Nigdy piękniejszego dnia nie zobaczę w mym źyciu ani w źyciu naszej kolonii, jak dzień 23 maja 1880 roku. W tym dni odwiedził nas ojciec narodu i narodow, cesarz Brazylii, D. Pedro II wraz z dostojną malżonką.

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Wielu ciekawych, którzy słyszeli gdy to mówił, zagadywali go zaraz i prosili by opowiedzial, jak odbyły cesarza na kolonii Kandydzie.

 

Stary, po krótkim namyśle, gdy westchnał, tak opowiadał:

 

Szczęśliwe oczy, które patrzały na to com widział. Dnia 21 maja, mniej więcej w pół do trzeciej, ujrzałem w niezliczonym tłumie na Alto da Glória wjeżdżaiącego w pięknej karecie cesarza z cesarzową. Okrzykom radości i  entuzjazmowi tłumu nie było miary. Wszystko co zyło, witało cesarza.

 

Wolni i niewolnicy, rodowici Brazylianie i nie dawno co przybyli obcokrajowcy, wydawali okrzyki powitania i cisnęli się do powozu najdostojniejszych gósci, by zobaczyć ukochane twarze monarchy i monarchini, sławnych dobroci serc.

 

Władze, korporacje,towarzystwa zblizały sie do cesarza z cesarzową, którzy wysiadłszy z karety na praca 19 de Dezembro, szli pieszo do środka miasta. Wszyscy składali im hołdy poddaństwa i największego szacunku.

 

Ale najpiękniej wyglądala grupa 21  biało ubranych dziewcząt więcej niź połowa polskich, z których każda miała w ręku chorągiewkę z nazwą kolonii, wypisaną wielkimi literami. Wymachiwały radośnie chorągiewkami i witały parę cesarską. Były to kolonie: Tomás Coelho, Lamenha, Riviere, Santo Inácio, Nowa Tyrol, Murici, Santa Cândida, Abranches, Orleans, Alfredo Chaves, Antonio Rebouças, Dona Augusta, Inspetor Carvalho, Venâncio, Zacarias, Argelina, Dom Pedro, Dantas, São João Batista,Dr. Araujo i Santa Felicidade.

 

D. Pedro II znany był ze swej nadzwyczajnej prostoty w obejściu, co zjednywało mu wielkie przywiazanie u poddadanych.

 

Na trzeci dzień, dnia 23 maja przed południem przybył cesarz z cesarzową powozem w otoczeniu dostojników do Kandydy. Na Barro Alto wystawili mu koloniści piękną bramę powitalną z napisami głoszącymi radość lojalność do kraju i monarchy.

Napisy były bardzo piękne. Wykonał je Anglik Frederico Fowler, który miał wielki sklep na Bacacheri w spółce z Anglikiem Felipe Tade.

 

Przed bramą powitała cesarza pięknie uformowana piesza bandeira polska, złożona z samych kolonistów, którym przewodził Andrzej Walecki.

 

Walecki, chłop przystojny,weteran z trzech wojen pruskich, ubrany w zieloną kurtkę, w zielonym kapeluszu, bo w kraju był dozorcą pruskich wyszedł z szeregu i przyklęknąwszy na jedną nogę, chciał przemówić do cesarza.

 

Ale cesarz, który wysiadł był już z powozu, dał mu znak, by nie klękał i przystąpiwszy doń powieedział: Nie klękaj przede mną, gdyż jestem takim samym człowiekiem jak ty.

 

Wiem, że w Europie klękają przed królami i cesarzami, ale to bałwochwalstwo. przed nikim nie powinno się klękać, jeno przed Bogiem.

 

Dawszy mu taką naukę, spojrzał na jego błyszczące medale i krzyże i rzekł: Widzę, że dzielny rycerz z ciebie.

 

Na to Walecki ośmielony mową cesarza, wygłosił niedługą orację w języku niemiecki, gdyż cesarz rozumiał po niemiecku a Waleki portugalsku mówił słabo.

 

Po przywitaniu i oddaniu przez kolonistów hucznej salwy z dubeltówek i jednorurek, które nieśli na ramionach,cesarz wsiadł do powozu i cały orszak ruszył w pochód ku  Kandydzie.

 

Koloniści pod komendą Waleckiego szli w piękni e sformowanych szeregach po obu stronach powozu. Cesarz, władze i cała komitywa jechały wraz z maszerującymi.

 

Pięknie szli koloniści, drobnym paradnym krokiem, jakim maszerują żołniere w Europie w czasie wielkich uroczystości. Wyuczył ich dobrze Walecki.

 

Co sto metrów mniej więcej na dany znak przez Waleckiego podnosili głośne Viva o imperador, viva a imperatriz! Viva o Brasil! i dawali salwy najpierw z jednej lufy dubeltówek, zaraz potem z jednorurek a kończyli znów tęgimi strzałami z drugiej lufy dubeltówek.

 

Pięknie był słyszeć i patrzeć, gdy to czynili, czego dowodem, że cesarz zadowolony ich sprawnościa i porządkiem za każda salwą wychylał głowe z powozu i dziękował kolonistom za dowód miłości i uwielbienia.

 

Tak idąc doszli do małej kapliczki przed Kandydą, oddalonej od kościoła jakich 400 metrów. Tu czekała na monarchę piękna procesja z chorągwiami urządzona przez proboszcza parafii. Z procesją było mnóstwo ludu, prawie wszystko co żyło na kolonii.

 

Cesarz z cesarzową wysiedli znów z powozu i odebrawszy hołdy od duchownej władzy kolonii, ruszyli pieszo aż do samego kościoła. A Walecki, nabijając ciągle broń palną, nie przestawał wiwatować ze swoimi aż pod same mury kościoła.

 

Takiej parady nigdy jeszcze w Kurytybie nie było.

 

Po wysłuchaniu nabożeństwa w kościele zaprosili koloniści cesarza na chleb i sól do najzamożniejszego z nich, do Franciszka Wosia.

 

Woś przyjal cesarza i cesarzową, czym chata bogata. Postawił na stół bochen dobrze upieczonego żytniego hleba, solniczkę ze solą a przy nich tłuszcz ziemi, ękatą faseczkę świeżego masła i gomułkę odstałego tłustego sera.

 

Cesarz spojrzał po stole i uśmiechając się zasiadł, by spróbować darów ziemi na nowej polskiej kolonii.

Posmarował kromkę chleba masłem, nałożył serem i przekąsiwszy kilka razy, zwrócił się do obecnych,którzy patrzali nań jak w słońce i rzekł:

 

Anim się spodziewał, żeby były taksmaczne. Takiego chleba i masła nawet w Rio de Janeiro nie jadłem. A co za wyborny serek!

 

Ucieszony Woś skłonił się cesarzowi i zapytał czyby nie spróbował piwa jego domowego wyrobu.

 

A przynieś! – powiedział cesarz.

 

Gdy mu nałano szklankę, kosztował i pochwalił, że wcale nie złe. Poczy zajaał dalej żytni chleb z masłem i serem, aż w końcu poprosił o kieliszek “paraty”.

 

Paraty? Co to jest? spojrzeli koloniści po sobie nie wiedząc co by to było.

 

Wybawił ich z zakłopotania pewien dygnitarz z komitywy cesarskiej, który wytłumaczył im, że paraty jest to samo co cacha;a czy wódka z trzciny cukrowej.

 

Podano natychmiast kieliszek wódki, który cesarz wychylił po spożyciu chleba z masłem i z serem.

 

Dobrześie się już zagospodarzyli, moi koloniści, rzekł cesarz do kolonistów, odwracając się od stołu. Niejeden miejski człowiek, gdyby skosztował waszego chleba i masła, zazdrościłby wam bytu.

 

A potem zwróciwszy się do Wosia, gospodarza domu, poprosił go by mu pokazał plony zebrane zeziemi przezeń uprawianej.

 

Uradowany Woś poprowadził natychmiast cesarza do stodoły. Była to przestronna szopa pełna snopów żyta,gdzie też były kukurydza, fiżon i inne produkty rolne.

 

Cesarz stanał przy snopkach, wyjał jeden kłos e snopa i potarłszy go w gafści, wyłuskał pękne, ciemne ziarna żyta,

 

A jak wy to wydobywacie z kłosów. Macie do tego niaszyny? zapytał cesarz.

Bardzo łatwo, Wasza Cesarska Mość, odpowiedział Woś. Skinął na kolonistów i ci oczyścili w mig miejsce w szopie. Rzucili cztery snopy na podłogę, porwali za cepy i wywijając i bijąc cepami, w kilka minut wyłuszyli sporą miarkę zarna z kłosów.

 

Gdy skończyli podał Woś cesarzowi garść wymłóconego żyta.

 

Pięknie! – zawołal cesarz. Ale jak je oczyszczacie z plewy?

 

Na to wział Woś przetak, nabrał sporo żyta i stanąwszy w miejscu, gdzie był przewiew powietrza, podniósł przetak wysoko w górę i potrząsając nim pod wiatr opuszczał ziarna w dół.

Ziarna spadały w dół a pewy odlatywały na boki unoszone powiewem powietrza. Tak sprawnie to czynił, że po dwukrotnym przewianiu podał cesarzowi w przetaku ziarna oczyszczone z plewy.

Doskonale! – pochwalił cesarz. Widzę, że jesteście przemyślni i potraficie radzić sobie we wszystkim.

 

Potem cesary oglądał jesycye to i owo, wzpztzwał o różne ryecyz, ale że dostojnicz, któryz go otacyali, naglili do powrotu, grożąc, że yybliża się desycy i burya, pożegnał kolonistów i odjechał do Kurztyby.

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Odtąd koloniści na Kandzdyie stali się najlepsyzmi młockaryami w Paranie. Co ciekawsye, że nailepiej młócą kobietz i dyiewcyęta. Gdz na kolonii zbiorą żyto, chodzą po zamożniejsyzch gospodaryach we czwórkę i kontraktują młóckę i odwiewanie, które wzkonują z wielką zręcynością, syzbko i dokładnie.

 

Cesary odwiedyił też kolonię Abranches. Jechał z cesaryową powoyem pryz asyście licynzch dzgnitaryz aż do São Lourenço.

 

W São Lourenço cyekała nań procesja kościelna z księdyem proboszczem na czele i delegacja najwybitniejszych obywateli y okolicy, jako też hufiec biało ubranzch dyiewcząt z kwiatami w kosyykach.

 

Cesarz wysiadł y powoyu i po pryzwitaniu i odebraniu hołdu, syedł piesyo wray y cesaryową, aż do kościoła w Abranches. Pryey całą drogę dziewczęta sypały mu kwiaty pod nogi a dobry monarcha tak samo przez całą drogę, z koszów które niesiono obok niego, rzucał garściami miedż i srebro między tłumz.

 

W kosciele wysłuchał Mszy św poczym bzł na cbiedzie u proboszcza. Po obiedyie rozniawiał z kolonistami i wypytawszy ich o wiele ryeczy, pozegnał wszystkich i odjechał do Kurytyby.

 

Takie to były czasy i takim był sławny monarcha nasy Dom Pedro II. Tak kończył opowiadanie stary Włtos i dodawał, że dyiś wszystko sie yepsuło, dobre cyasy na świat nie wrócą.

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FONTE:

PINIOR. Dom Pedro II, na Kandydzie  i w Abranches. Kalendarz Ludu. Curitiba, 1964, p. 84 a 88.

 

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

 

Em 1.880, a jovem província do Paraná, recebeu a visita de suas majestades, o imperador Dom Pedro II e a imperatriz Dona Theresa Christina. O motivo oficial da visita era o início dos trabalhos da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, presente do império à nascente província. Por outro lado, grande era o interesse pessoal do imperador para constatar “in loco” a situação em que se encontravam os “morigerados colonos polacos”, cuja fixação no Paraná ele próprio autorizara, em audiência mantida há apenas uma década, ao cognominado “pai da emigração polonesa ao Paraná” o agrimensor Sebastião Edmundo Woś Saporski.

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Ilustração de Rogério Borges

 

Rafael Karman, sob o pseudônimo de PINIOR, publicou no “Kalendarz Ludu” de 1964, artigo sob o título de “Dom Pedro II em Cândida e Abranches”. Esse artigo foi escrito baseado no depoimento oral do velho colono Francisco Woś, participante dos acontecimentos.

Assim Pinior redigiu a história da visita do imperador a colônia Santa Cândida:

“Felizes os olhos que viram aquilo que eu vi. No dia 21 de maio, mais ou menos pelas duas e meia da tarde, divisei do meio de uma incalculável multidão no Alto da Glória, a chegada do imperador e da imperatriz, numa bela carruagem. Os gritos de entusiasmo da multidão não tinham limite. Tudo que era vivo saudava o imperador. Livres e escravos, brasileiros natos e imigrantes há pouco chegados, proporcionavam entusiásticos vivas de acolhimento ao mesmo tempo em que se acotovelavam para poder ver o rosto do monarca e da imperatriz, afamados por sua bondade de coração.

Dirigentes das instituições e das sociedades aproximavam do imperador e da imperatriz. Estes desceram de sua carruagem na Praça 19 de dezembro e foram a pé até o centro da cidade. Todos prestavam-lhes honras merecidas. Porém o grupo mais belo eram as 21 moças vestidas de branco, mais da metade polonesas, que seguravam em suas mãos cartazes com o nome de sua respectiva colônia, escrito em grandes letras. Agitavam entusiasticamente estas bandeirinhas e saudavam o casal imperial. Eram estas as colônias: Tomás Coelho. Lamenha, Riviere, Santo Inácio, Nova Tirol, Murici. Santa Cândida, Abranches, Orleans, Alfredo Chaves, Antônio Rebouças, Dom Augusto, Inspetor Carvalho, Venâncio, Zacarias, Argelina, Dom Pedro, Dantes, São João Batista, Dr. Araújo e Santa Felicidade.

No terceiro dia, i. é., a 23 de maio de 1880, o imperador foi satisfazer sua curiosidade e constatar como viviam os colonos polacos radicados no rocio de Curitiba. Para tanto foi visitar a colônia Santa Cândida. No Bairro Alto, os colonos ergueram-lhes um belo arco, com dizeres alusivos ao país e ao monarca, de acordo com velhos e tradicionais costumes polacos. Os dizeres foram confeccionados pelo inglês Frederico Fowler, o qual possuía uma grande casa comercial no Bacacheri, em sociedade com outro inglês, Felipe Tade.

 

Defronte ao arco, o imperador foi saudado por uma formação bem organizada de camponeses, portando a bandeira polonesa. A recepção foi organizada por André Walecki, um digno camponês, veterano de três guerras prussianas. Estava o mesmo vestido com seu vistoso uniforme e um quepe verde, porque no país era inspetor nas florestas prussianas. Apresentava grande número de medalhas e condecorações no peito. Destacou-se dos demais e ajoelhando-se em uma das pernas, quis dialogar com o imperador. Porém este, que já havia descido do veículo, fez sinal para que não ficasse ajoelhado e aproximando-se, disse:

– Não se ajoelhe diante de mim, pois sou uma pessoa como você. Sei que na Europa é costume ajoelharem diante dos reis e imperadores, mas isto é idolatria. Não se deve ajoelhar perante ninguém, a não ser perante Deus.

Depois desta verdadeira aula, olhou para as suas reluzentes condecorações e disse:

– Vejo que é um brilhante cavaleiro.

Diante disso, Walecki, animado com as palavras do imperador, proferiu breves palavras de saudação em língua alemã, pois o imperador entendia a mesma e Walecki ainda não dominava suficientemente o português.

Em seguida os colonos proferiram vivas, detonando tiros de espingardas, as quais eram portadas nos ombros. O imperador retomou a carruagem e o cortejo movimentou-se em direção a Santa Cândida. Os colonos, comandados por Walecki escoltavam dos dois lados a carruagem. O imperador, os acompanhantes e toda a comitiva deslocavam-se junto com os colonos. Estes desenvolviam uma marcha rápida, harmônica como dos soldados na Europa, por ocasião dos grandes acontecimentos. Os colonos foram muito bem treinados por Walecki. Cada cem metros mais ou menos, a dado sinal, os colonos levantavam sonantes vivas:

 

– Viva o imperador, viva a Imperatriz! Viva o Brasil!

 

Em seguida davam salvas, inicialmente de um dos canos das armas duplas, em seguida das armas de um cano só e finalizavam com sonantes estampidos do outro cano das armas de cano duplo. Era belo ouvir e ver. Os colonos esmeravam-se e o imperador, satisfeito com a ordem da manifestação, inclinava a cabeça para fora da carruagem, após cada salva, e agradecia aos colonos a demonstração de carinho e veneração.

Desta maneira, chegaram até a pequena capela antes de Santa Cândida, afastada da igreja uns 400 metros. Neste local uma bela procissão aguardava o monarca com bandeirolas preparadas pelo vigário. Na procissão encontrava-se uma multidão de pessoas, praticamente todos os habitantes da colônia.

O imperador e a imperatriz desceram novamente da carruagem e receberam as honras do diretor espiritual da colônia. Em seguida, foram a pé até a igreja. Os vivas com as armas de fogo não cessavam de saudar os visitantes até a entrada da igreja. Tal parada nunca houvera até então, em Curitiba.

Após ouvirem a Santa Missa, os colonos convidaram o casal imperial para o pão e o sal, tradicional costume polonês para recepção de figuras ilustres e sinal de hospitalidade. A casa escolhida foi a do colono Francisco Woś. Este recepcionou o imperador e a imperatriz “tanto quanto a casa é rica”. Serviu à mesa broa de centeio bem preparada e assada, saleira com sal juntamente com banha da terra, manteigueira repleta de manteiga fresca e queijo feito de leite gordo.

O imperador olhou para a mesa e sorrindo assentou-se, a fim de experimentar as dádivas da terra, na nova colônia formada por polacos. Passou a manteiga num pedaço de pão cobriu-a com um pedaço de queijo e mastigando várias vezes, olhava para aqueles colonos que o contemplavam como se fosse o sol. Disse então:

– Não imaginava que fosse tão bom. Tal pão e manteiga nem no Rio de Janeiro comi e que queijo gostoso!

Motivado por tal atitude do imperador o anfitrião Woś curvou-se e perguntou se o imperador gostaria de experimentar da cerveja de sua própria fabricação.

– Traga – respondeu o imperador. Quando lhe encheram o copo, experimentou e elogiou-a, dizendo que não era má. Depois continuou comendo a broa de centeio com manteiga e queijo e finalmente pediu um cálice de parati.

– Parati? O que é isto?

Os colonos olharam-se, não sabendo do que se tratava até que um membro da comitiva imperial esclareceu que paraty era a mesma coisa que aguardente de cana-de-açúcar.  Foi então oferecido ao imperador um cálice de aguardente.

– Vocês já estão muito bem instalados meus caros colonos, disse-Ihes o imperador, afastando-se da mesa. Muitas pessoas da cidade, se experimentassem o vosso pão e manteiga haveriam de invejar-vos.

Em seguida solicitou o imperador ao anfitrião Woś, que lhe mostrasse os produtos plantados e colhidos por ele. Woś conduziu o imperador até o paiol mostrando-lhe feixes de centeio, espigas de milho, feijão e outros produtos agrícolas. O imperador parou diante dos feixes de centeio, tirou com as mãos uma espiga de um feixe e esfregou-a com as palmas das mãos, debulhando belos e escuros grãos de centeio. Perguntou o imperador:

– Como vocês os extraem das espigas? Possuem para isso alguma máquina?

– Muito fácil, majestade, respondeu Woś.

Fez sinal para os colonos e estes limparam num relance um lugar no paiol, jogaram quatro feixes no assoalho, pegando nos manguais e com evoluções e batidas rítmicas em poucos minutos separaram uma boa quantidade de grãos das espigas. Quando terminaram, o anfitrião apresentou um punhado de centeio malhado ao imperador.

– Maravilhoso. disse o imperador, mas como vocês limpam o debulho?

Diante disso, Woś tomou uma peneira. Encheu-a de debulho de centeio, deslocando-se para um lugar onde havia corrente de ar. Levantando a peneira para o alto e para baixo, em movimentos rápidos e alternados, fez com que o vento levasse a sujeira para fora da peneira, enquanto os grãos caiam novamente na mesma. Com tanta eficiência fez isto, que com alguns desses movimentos apresentou ao imperador na peneira os grãos limpos do debulho.

– Perfeito — elogiou o imperador. Vejo que vocês são engenhosos e sabem resolver seus problemas.

Em seguida o imperador ainda se interessou por outras coisas, fazendo uma série de perguntas, quando os seus assessores o chamavam para a volta, argumentando que se aproximava uma tempestade. Despediu-se então o imperador dos colonos e retornou a Curitiba.”

 

Em Santa Cândida os colonos tornaram-se os melhores malhadores do Paraná. É interessantes que os melhores malhadores são as mulheres e moças. Quando na colônia recolhia-se o centeio para os celeiros, estas iam em grupos de quatro procurar os proprietários, geralmente os mais abastados, e contratavam a malhação e a limpeza do centeio.

TRADUTOR: NÃO IDENTIFICADO NOS TEXTOS EXAMINADOS.

 

 

FONTE:

PINIOR. Dom Pedro II, na Kandydzie  i w Abranches. Kalendarz Ludu. Curitiba, 1964, p. 84 a 88.

BOLETIM do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfco Paranaense. Volume XIII. Curitiba, 1971, p. 74 a 81.

BOLETIM do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfco Paranaense. Volume XXVII. Curitiba, 1975.

BOLETIM.  Informativo da Casa Romário Martins. Santa Cândida, pioneira da colonização linista. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, ano 2, n. 16, dez. 1975.

 

 

Padre Leon Niebieszczański – Imagens

Imagens do Padre Leon Niebieszczański

Continuando o post anterior sobre o Tiroteio na casa paroquial com Padre Leon Niebieszczański (clique aqui para acessar o post anterior), segue duas imagens do ilustre padre.

Padre Leon Niebieszczański

Padre Leon Niebieszczański

 

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Tiroteio na casa paroquial com Padre Leon Niebieszczański. 1915.

Tiroteio na casa paroquial com Padre Leon Niebieszczański. 1915.

Padre Leon Niebieszczański – “bom e agradável como mel, mas Deus o livre, quando ficava irritado, parecia um leão”!

 

Tiroteio na casa paroquial

Ilustração de Rogério Borges

O Pe. Leon Niebieszczański chegou ao Brasil em 1896. Foi o primeiro padre a fixar residência na Colônia Santa Cândida. Lá contribuiu para a construção da casa paroquial, a ampliação da capela e a vinda das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria para assumirem a educação na escola da colônia.

Antes de se estabelecer na Santa Cândida, trabalhou na paróquia do Abranches, onde, em 1906, entrou em atrito com alguns políticos e paroquianos. Em uma noite, sob o pretexto de levar o padre para um doente, levaram-no para um matagal, onde lhe deram uma grande surra, deixando-o todo ensanguentado. Como consequência, ficou surdo de um dos ouvidos, por causa disso foi transferido para Santa Cândida.

O Pe. Leon era zeloso, dedicado, hospitaleiro e de opinião. Nos sermões do domingo, não perdoava os pecadores públicos que viviam impenitentes, e do alto do púlpito, citava os seus nomes.

Em 1915, na Festa de Nossa Senhora da Luz, levado pelo entusiasmado oratório, censurou nominalmente alguns casais polacos que viviam sem o casamento religioso. Seu sermão provocou um grupo de pessoas.

Em outra noite, usando o mesmo pretexto, bateram à porta da casa paroquial. A cozinheira Agnieska foi até a porta para atender, mas antes de abri-la, perguntou de que se tratava. Ao ouvir a resposta e o nome da pessoa doente, estranhou e disse:

– Isso é mentira, pois estive com ela nessa manhã e ela estava bem!

– Oh, sim! Mas ficou ruim de repente.

Ouviam-se uns cochichos, sinal de que havia mais gente. A coisa poderia ter terminado nisso, mas o Pe. Niebieszczański, escutando a conversa, levantou-se e, sem abrir a porta, perguntou do que se tratava. “Doente, doente!” O padre disse que sem uma ou duas pessoas da Comissão Paroquial não iria abrir. Irritados, eles gritavam: “Vai atender a doente ou não?” E começaram a atirar. Duas balas atingiram as costas e o braço do padre. A cozinheira arrastou-o a outro quarto para se protegerem, pegou o revólver do padre, subiu no sótão, abriu a telha e começou a atirar e a gritar, pedindo socorro. Na escola das Irmãs, as velas se acenderam, os vizinhos gritaram: “Estamos chegando.” Os assaltantes começaram a se retirar. A corajosa cozinheira queria ir à escola das Irmãs para procurar curativo para o padre, também estava ferida com uma ou duas balas, mas sem gravidade. Socorreram o padre como puderam, principalmente a Irmã Gabriela, que atendia os doentes. Chamaram o médico ainda naquela noite, mas ele chegou apenas de madrugada. Fez os primeiros curativos e nos outros dias foi dando assistência mais completa até curar definitivamente o padre. A cozinheira também foi assistida pelo médico.

Pensando que iria morrer, o Pe. Leon pediu por outro padre e disse que perdoava aos criminosos. O Pe. Dejewski veio de madrugada atendê-lo e dar a Unção dos Enfermos.

Ao raiar do dia, foram encontrados um revólver no chão e um chapéu, o que ajudou a polícia a descobrir um dos participantes, pois o cachorro policial levou o chapéu à casa do dono.

Infelizmente, o processo terminou em nada, devido ao influente líder polonês, muito anticlerical, Kazimierz Warchalowski, proprietário e redator do Jornal “Polak w Brazylii”. No nº 73 desse jornal, consta a narração do assalto.

Depois de recuperar a saúde, o Pe. Leon desistiu de trabalhar na Santa Cândida e foi trabalhar junto à Igreja de Santo Estanislau. No dia primeiro de março de 1918, faleceu na casa paroquial da Igreja de São Estanislau, em Curitiba, e foi sepultado no Cemitério Municipal de Curitiba. O Pe. Wojciech Sojka, ao lembrar esse sacerdote, escreveu: “O Pe. Niebieszczański foi um dos melhores sacerdotes poloneses no Paraná, um homem de fama irrepreensível. Mas era prejudicado pelo temperamento.”

 

Revisão Ortográfica: Alvaro Posselt

 

FONTE:

Arquivo da Paróquia Santa Cândida – Arquivo dos Padres Vicentinos

A Arquidiocese de Curitiba na sua História, redação Pe. Pedro Fedalto, Curitiba 1958, p. 117 a 120.

Malczewski, Zdzislaw. Solicitude não apenas com os patrícios: missionários poloneses no Brasil /Zdzislaw Malczewski; tradução Mariano Kawka. Curitiba: Vicentina, 2001, p.157 e 158.

 

Ordenação Sacerdotal de Domingos Kachel

Ordenação Sacerdotal de Monsieur Domingos Kachel, na Igreja das Mercês, Curitiba – PR. 19 de Dezembro de 1959. Presentes conforme a numeração: 1 – Francisco Serighelli, 2 – Luiz Fernando Serighelli, 3 – Maria Cândida Kachel, 4 – Fatima Kachel, 5 – Não identificado, 6 – Augusto Spisla, 7 – Edwirges Machoski (Starka Kuliska), 8 – Regina Kulik Kachel, 9 – Padre Fabiano Kachel, 10 – Padre Domingos Kachel, 11 – Padre João Wilinski, 12 – Lodovico Kachel, 13 – Pedrinho Wosch, 14 – Blanca Kachel, 15 – Regina Serighelli, 16 – Silvia Kachel, 17 – Rogério Spisla, 18 – Hotélia Kachel, 19 – Domingos Spisla, 20 – Maria Joana Kachel Serighelli, 21 – Silvia Rachel Kachel Serighelli, 22 – Adir Serighelli, 23 – Não identificada, 24 – Não identificado, 25 – Francisco Wosch, 26 – Pedro Kachel, 27 – Ceriaco Wosch, 28 – Não identificado, 29 – Aleixo Schluga, 30 – Não identificado, 31 – Vicente Spisla, 32 – Não identificada, 33 – Antonia Kachel Spisla, 34 – David Kachel, 35 – Não identificado, 36 – Gregório Wosch, 37 – Philomena Kachel Schluga, 38 – Paulo Kulik. Ordenação Sacerdotal de Monsieur Domingos Kachel, na Igreja das Mercês, Curitiba – PR. 19 de Dezembro de 1959.

Ordenação Sacerdotal de Monsieur Domingos Kachel, na Igreja das Mercês, Curitiba – PR. 19 de Dezembro de 1959. Presentes conforme a numeração: 1 – Francisco Serighelli, 2 – Luiz Fernando Serighelli, 3 – Maria Cândida Kachel, 4 – Fatima Kachel, 5 – Sérgio Spisla, 6 – Augusto Spisla, 7 – Edwirges Machoski Kulik (Starka Kuliska), 8 – Regina Kulik Kachel, 9 – Padre Fabiano Kachel, 10 – Monsenhor Domingos – Padre Domingos Salomão Kachel, 11 – Padre João Wilinski, 12 – Lodovico Kachel, 13 – Pedrinho Wosch, 14 – Blanca Kachel, 15 – Regina Serighelli, 16 – Silvia Kachel, 17 – Rogério Spisla, 18 – Hotélia Kachel Spisla, 19 – Domingos Kachel Spisla, 20 – Maria Joana Kachel Serighelli, 21 – Silvia Rachel Kachel Serighelli, 22 – Adir Serighelli, 23 – Não identificada, 24 – Roque Spisla, 25 – Francisco Wosch, 26 – Pedro Kachel, 27 – Ceriaco Wosch, 28 – Não identificado, 29 – Aleixo Schluga, 30 – Estanislau Spisla, 31 – Vicente Spisla, 32 – Longuina Klenk Kachel, 33 – Antonia Kachel Spisla, 34 – David Kachel, 35 – Não identificado, 36 – Gregório Wosch, 37 – Philomena Kachel Schluga, 38 – Paulo Kulik. Foto: acervo Tereza (Kulik) Czepaniki

 

RENATO – O Grande matador de porco

 

RENATO – O Grande matador de porco

 

Daniel Renato Nadolny, Mario Stanislau Kulik, Dionisio Gabriel Kulik. 1961 – Acervo Família Kulik

Daniel Renato Nadolny, Mario Stanislau Kulik, Dionisio Gabriel Kulik. 1961 – Acervo Família Kulik

Daniel Renato Nadolny é o primeiro neto da minha avo Maria Skora Kulik. Filho de Edwirgens Tereza Kulik Nadolny e Urbano Nadolny foi o irmãozinho muito festejado pelas irmãs Gloria, Diva e Claudia.

Era chegada a ora do abate do porco na chácara da avo Maria e Renato montou grande alarido em torno de seus futuros feitos no abate do porco. Como homem “grande” que já era, a todos fala de como iria matar o porco, destripar o porco, fazer o salame, derreter a banha,…

O dia do abate chegou e Renato se movimentava em volta dos homens da casa que efetivamente iriam matar o porco. Ao primeiro berro do bicho o menino se assusta e correr em busca de abrigo. Passado o susto e estando o bicho devidamente morto ele então volta ao posto e faz posse para a foto.

Uma das carnes consumidas pelos colonos polacos de Santa Cândida era a de porco. Eles mesmos os criavam e no tempo certo abatiam e procediam a fabricação do salame, do chouriço, da banha e do torresmo. Uma comitiva familiar se instalava e todos participavam. A banha do porco era de especial importância. Famosa é a broa com banha do polaco. O polaco zelava muito pela qualidade da banha, alem de não aceitar de bom grado outras banhas.

Naquele tempo onde não haviam geladeiras a carne era distribuída entre os familiares e vizinhos. Ainda lembro-me da minha mãe separando os pedaços de carne que eram embrulhados em papel e eu encarregada de levar a quem ela determinava.

Assim se distribuía o porco, a banha era armazenada em latas e o salame era pendurado para “secar” normalmente em cima do fogão a lenha.